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domingo, 6 de fevereiro de 2011
Crescer significa uma coisa
Independência. Todos a queremos
Às vezes usamos outras pessoas para ganharmos com isso.
Às vezes, encontramos nos outros.
Às vezes, nossa independência vem ao custo de outra coisa.
E esse custo pode ser alto.
Porque frequentemente para ganhar nossa independência temos que lutar
Nunca desista, nunca se renda
sábado, 5 de fevereiro de 2011
O amor é grande…
…e cabe nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar.
Carlos Drummond de Andrade
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Saudades de você...
Despertei com você
Saudade louca
De beijar tua boca
Gemer de prazer
Delicia de saudade
Que faz enlouquecer
Só de pensar
Em você...
Em você...
SEJA UM IDIOTA
A idiotice é vital para a felicidade.
Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz! A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins.
No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota! Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Ignore o que o boçal do seu chefe disse. Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele.
Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto.
Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo,soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça?hahahahahahahahaha!…
Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana? Quanto tempo faz que você não vai ao cinema?
É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí,o que elas farão se já não têm por que se desesperar?
Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Você quer? Espero que não.
Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas… a realidade já é dura; piora se for densa.
Dura, densa, e bem ruim.
Brincar é legal. Entendeu?
Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço,não tomar chuva.
Pule corda!
Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte.
Ser adulto não é perder os prazeres da vida - e esse é o único “não” realmente aceitável.
Teste a teoria. Uma semaninha, para começar.
Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são:
passageiras. Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir…
Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração!
Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora?
A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore,dance e viva intensamente antes que a cortina se feche!
As circunstâncias
As circunstâncias entre as quais você vive determinam sua reputação. A verdade em que você acredita determina seu caráter. A reputação é o que acham que você é. O caráter é o que você realmente é… A reputação é o que você tem quando chega a uma comunidade nova. O caráter é o que você tem quando vai embora… A reputação é feita em um momento. O caráter é construído em uma vida inteira… A reputação torna você rico ou pobre. O caráter torna você feliz ou infeliz… A reputação é o que os homens dizem de você junto à sua sepultura. O caráter é o que os anjos dizem de você diante de Deus
Cotidiano
já se arrependeu de ter cortado o cabelo, já quebrou a unha, já comeu chocolate ou sorvete pra matar a tristeza, já se apaixonou pela pessoa errada, já brigou com a melhor amiga, já se ferrou em alguma prova, já se atrasou, já ficou zangada sem motivo, já chorou de tanto rir, já duvidou de alguém, já pensou bobeiras, já teve pesadelos, já ficou 1h no telefone. Toda garota tem um bicho de pelúcia, acredita na amizade entre meninos e meninas, tem um ídolo, um livro preferido, uma mania irritante, um vício e uma paixão platônica. Toda garota já correu riscos por uma pessoa que não mereceu. Toda garota já se arrependeu e já errou. Mas cada uma é especial, por fazer muito mais que isso, e continuar possuindo a beleza e o carisma que encanta a todos !
Bob Marley
Eu gosto do impossível, tenho medo do provável, dou risada do ridículo e choro porque tenho vontade, mas nem sempre tenho motivo.
Tenho um sorriso confiante que as vezes não demonstra o tanto de insegurança por trás dele.
Sou inconstante e talvez imprevisível.
Não gosto de rotina. Eu amo de verdade aqueles pra quem eu digo isso, e me irrito de forma inexplicável quando não botam fé nas minhas palavras.
Nem sempre coloco em prática aquilo que eu julgo certo.
São poucas as pessoas pra quem eu me explico…
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Você não me ensinou a te esquecer
Não vejo mais você faz tanto tempo
Que vontade que eu sinto
De olhar em seus olhos, ganhar seus abraços
É verdade, eu não minto
E nesse desespero em que me vejo
Já cheguei a tal ponto
De me trocar diversas vezes por você
Só pra ver se te encontro
Você bem que podia perdoar
E só mais uma vez me aceitar
Prometo agora vou fazer por onde nunca mais perdê-la
Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho
Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
e te querendo eu vou tentando me encontrar…
E nesse desespero em que me vejo
já cheguei a tal ponto
de me trocar diversas vezes por você
só pra ver se te encontro
Você bem que podia perdoar
E só mais uma vez me aceitar
Prometo agora vou fazer por onde nunca mais perdê-lo
Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho
Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
e te querendo eu vou tentando te encontrar…
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho
Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando me encontrar…
Caetano Veloso
Composição: Fernando Mendes / José Wilson / Luca
Amor em paz
Eu amei
Eu amei, ai de mim, muito mais
Do que devia amar
E chorei
Ao sentir que iria sofrer
E me desesperar
Foi então
Que da minha infinita tristeza
Aconteceu você
Encontrei em você a razão de viver
E de amar em paz
E não sofrer mais
Nunca mais
Porque o amor é a coisa mais triste
Quando se desfaz
Poeminha Amoroso
Este é um poema de amor
tão meigo, tão terno, tão teu...
É uma oferenda aos teus momentos
de luta e de brisa e de céu...
E eu, quero te servir a poesia
numa concha azul do mar
ou numa cesta de flores do campo.
Talvez tu possas entender o meu amor.
Mas se isso não acontecer,
não importa.
Já está declarado e estampado
nas linhas e entrelinhas
deste pequeno poema,
o verso;
o tão famoso e inesperado verso que
te deixará pasmo, surpreso, perplexo...
eu te amo, perdoa-me, eu te amo...
Cora Coralina
Poema à boca fechada
Não direi:
Que o silêncio me sufoca e amordaça.
Calado estou, calado ficarei,
Pois que a língua que falo é de outra raça.
Palavras consumidas se acumulam,
Se represam, cisterna de águas mortas,
Ácidas mágoas em limos transformadas,
Vaza de fundo em que há raízes tortas.
Não direi:
Que nem sequer o esforço de as dizer merecem,
Palavras que não digam quanto sei
Neste retiro em que me não conhecem.
Nem só lodos se arrastam, nem só lamas,
Nem só animais bóiam, mortos, medos,
Túrgidos frutos em cachos se entrelaçam
No negro poço de onde sobem dedos.
Só direi,
Crispadamente recolhido e mudo,
Que quem se cala quando me calei
Não poderá morrer sem dizer tudo.
José Saramago
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Soneto 35
Não chores mais o erro cometido;
Na fonte, há lodo; a rosa tem espinho;
O sol no eclipse é sol obscurecido;
Na flor também o inseto faz seu ninho;
Erram todos, eu mesmo errei já tanto,
Que te sobram razões de compensar
Com essas faltas minhas tudo quanto
Não terás tu somente a resgatar;
Os sentidos traíram-te, e meu senso
De parte adversa é mais teu defensor,
Se contra mim te excuso, e me convenço
Na batalha do ódio com o amor:
Vítima e cúmplice do criminoso,
Dou-me ao ladrão amado e amoroso.
William Shakespeare
A boca
A boca,
onde o fogo
de um verão
muito antigo
cintila,
a boca espera
(que pode uma boca
esperar
senão outra boca?)
espera o ardor
do vento
para ser ave,
e cantar.
O Amor é Uma Companhia
O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visivel faz-me andar mais depressa
E ve menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
Mesmo a ausência dela é uma cousa que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.
Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas,
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.
Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no méio.
Para sentir o nascer do amor
É fácil sentir o nascer do amor, pois ele geralmente surge de uma maneira impactante, tão forte, que parece sequer caber dentro do peito. É um sentimento desconhecido, e seus primeiros sinais são geralmente irresistíveis, e não sabemos a que atribuir certas modificações que ocorrem em nosso interior, quando estamos perto, ou apenas pensando nessa pessoa.
De início, é tão impetuoso quanto incompreensível. É um pensamento cheio de ternura. Basta pensar na possibilidade de um encontro, e a emoção nos domina, aquele desejo irreprimível de tocar, de acarinhar, de pelo menos desfrutar dessa companhia que nos parece indispensável. Algo como o ar que respiramos.
Assim nascem os amores.
Uma sensação verdadeiramente apaixonante, que nos pode levar a um delírio total.
É amor, é desejo, é um sentimento que nos liga a um certo alguém, como se produto de uma fusão química. A junção de dois corações apaixonados é realmente produto de uma química totalmente inexplicável. Como tentar entender o porque de nos sentirmos atraídos por uma determinada pessoa, que nos surge em meio a uma multidão? Simplesmente aceita-se se quiser viver essa emoção, essa beleza que é amar e ser amado. E geralmente isso é definitivo, ou ao menos assim o julgamos em seu início.
Apenas com o transcorrer do tempo poderá ser solidificado esse conhecimento, poderão ser aferidas eventuais afinidades ou “desafinidades”. Os detalhes que irão permitir um bom desenvolvimento a esse amor tão lindamente surgido.
A convivência vai determinar se o amor e o desejo vão continuar com a mesma força, ou se a união não resistirá a eventuais tempestades provocadas por desinteligências ou dificuldades.
Isso só o tempo nos poderá mostrar. Há que se estar preparado para tudo. Para o bom e para o mau tempo. O amor ardente do inicio, deverá dar cada vez mais espaço para um amor feito de amizade. As carícias envolventes e excitantes, darão lugar a um carinho suave e tranquilo.
Assim sobreviverá esse amor. Assim são feitos os relacionamentos duradouros. Aquele amor impetuoso e eletrizante deverá se transformar em um amor feito de meiguice e entendimento.
E para tanto, deverá haver de ambas as partes um alto sentido de compreensão e renuncia, pois muitas vezes teremos que abrir mão de muita coisa em benefício do bem estar da parceria.
Mais que amantes, seremos parceiros, enfrentando de mãos dadas as dificuldades que a vida nos oferecer.
Mais do que nunca essa química do amor é algo que transcende nossa compreensão. Como explicar esse entendimento que pode perdurar por toda uma vida? Ou que pode terminar num repente? Algo que começou tão forte e bonito, de repente se dissolve como que numa nuvem de fumaça? Simplesmente não se explica. É como uma química interior que nos conduz, que nos leva a tomar certas decisões definitivas em nossa vida.
Assim é o amor... E todos queremos viver esse amor... Mas devemos saber vive-lo, e sobretudo, tentar entende-lo. Tentar descobrir a maneira de conserva-lo. E é bom demais conseguir isso.
Necessidades sexuais
Eu nunca havia entendido porque as necessidades sexuais dos homens e das mulheres são tão diferentes.
Nunca tinha entendido isso de 'Marte e Vênus'. E nunca tinha entendido porque os homens pensam com a cabeça e as mulheres com o coração …
Uma noite, semana passada, minha mulher e eu estávamos indo para a cama. Bom, começamos a ficar a vontade, fazer carinhos, provocações, o maior 'T' e, nesse momento, ela parou e me disse:
-Acho que agora não quero, só quero que você me abrace...
Eu falei:- O QUEEEEEEEEEEEEEEEEÊ ???
Ela falou:- Você não sabe se conectar com as minhas necessidades emocionais como mulher.
Comecei a pensar no que podia ter falhado.
No final, assumi que aquela noite não ia rolar nada, virei e dormi.
No dia seguinte, fomos ao shopping.
Entramos em uma grande loja de departamentos...
Fui dar uma volta enquanto ela experimentava três modelitos caríssimos.
Como não podia decidir por um ou outro, falei para comprar os três.
Então, ela me falou que precisava de uns sapatos que combinassem a R$200,00 cada par.
Respondi que tudo bem. Depois fomos à seção de joalheria, onde escolheu uns brincos de diamantes.
Estava tão emocionada!! Deveria estar pensando que fiquei louco.
Acho até que estava me testando quando pediu uma raquete de tênis, porque nem tênis ela joga.
Acredito que acabei com seus esquemas e paradigmas quando falei que sim.
Ela estava quase excitada sexualmente depois de tudo isso. Vocês tinham que ver a carinha dela, toda feliz!
Quando ela falou: - Vamos passar no caixa para pagar, amor?
Daí eu disse: - Acho que agora não quero mais comprar tudo isso, meu bem... Só quero que você me abrace!!!
Ela ficou pálida. No momento em que começou a ficar com cara de querer me matar, Falei: - Você não sabe se conectar com as minhas necessidades financeiras de homem.
Vinguei-me.... mas acredito que o sexo acabou para mim até o Natal de 2010.
Luiz Fernando Veríssimo
Amor...
Os Dâmocles confundem medo de perder a pessoa amada com amor propriamente dito. O medo nasce da insegurança,da pobreza de espírito, enquanto o amor nasce da generosidade da alma, da nobreza de caráter.
Uma declaração de amor pode ser considerada expressão de afeto, mas muitas vezes, escondem uma hábil manipulação para manter o controle. É uma atividade egoísta que pode resultar em dependência e, nos casos mais graves, anulação da personalidade do outro, filho, pai, mãe ou companheiro.
O medo de ser abandonado, de ser traído e da solidão cria um indivíduo possessivo, cujo desejo é moldar os outros à sua semelhança.
O Amor, ao contrário, desperta o desejo de crescer juntos, fornece coragem pra superar os bloqueios internos e, principalmente para mergulhar na vida.
A necessidade de segurança é a bíblia dos devotos da Dâmocles. Precisam saber que a pessoa amada está sempre perto, feliz ou não. Nas relações sexuais usam, ao mesmo tempo, diversos tipos de contraceptivos - Pílula, preservativo, tabelinha, e ainda assim se preocupam com uma possível gravidez.
Como vivem sempre assustados, tendem a unir-se a alguém que lhes dê segurança.
Mas nem isso elimina sua desconfiança e seu ciúme. No entanto, são capazes de grandes gestos românticos, mas por medo de perder a pessoa amada do que pela vontade de seduzir. Somente quando os Dâmocles olham para a espada em cima de suas cabeças é que se dão conta do quanto são capazes de amar. A partir daí passam a se orientar pelo amor, e não mais pela segurança.
É quando acontece em suas vidas o maior de todos os milagres: descobrem que a verdadeira segurança esta baseada em sua capacidade de amar, e não de se proteger.
(Texto de Roberto Shinyashiki, extraído do livro "O Sucesso é ser Feliz")
Despedida
Existem duas dores de amor:
A primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão embrulhados na dor que não conseguimos ver luz no fim do túnel.
A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.
A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado.
Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos.
A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também…
Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou.
Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém.
É que, sem se darem conta, não querem se desprender.
Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir, lembrança de uma época bonita que foi vivida…
Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual a gente se apega. Faz parte de nós.
Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente, e que só com muito esforço é possível alforriar.
É uma dor mais amena, quase imperceptível.
Talvez, por isso, costuma durar mais do que a ‘dor-de-cotovelo’ propriamente dita. É uma dor que nos confunde.
Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: “Eu amo, logo existo”.
Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.
É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente…
E só então a gente poderá amar, de novo.
Martha Medeiros
Era o último amor
Era o último amor. A casa fria,
os pés molhados no escuro chão.
Era o último amor e não sabia
esconder o rosto em tanta solidão.
Era o último amor. Quem advinha
o sabor pela escuridão?
Quem oferece frutos nessa neve?
Quem rasga com ternura o que foi verão?
Era o último amor, o mais perfeito
fulgor do que viveu sem as palavras.
Era o último amor, perfil desfeito
entre lumes e vozes passadas.
Era o último amor e não sabia
que os pés à terra nua oferecia.
Luís Filipe Castro Mendes
Onde anda o meu amor…
Hoje me deu uma saudade…
Por que estou meu Deus sofrendo assim demais?
Morrerei de tanto esperar
Onde anda o meu grande amor que não vejo mais?
Onde anda o meu grande amor que não vejo mais?
Por que estou meu Deus sofrendo assim demais?
Morrerei de tanto esperar
Onde anda o meu grande amor que não vejo mais?
Onde anda o meu grande amor que não vejo mais?
Eu só penso em ti, se eu soubesse onde estás,
Eu ainda não esqueci, volta meu grande amor
Para que eu viva em paz
Onde anda o meu grande amor que não vejo mais?
Onde anda o meu grande amor que não vejo mais?
Eu só penso em ti, se eu soubesse onde estás
Ainda não esqueci, volta meu grande amor
Para que eu viva em paz
Onde anda o meu grande amor que não vejo mais?
Onde anda o meu grande amor que não vejo mais?
Ternura
Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor
seja uma velha canção nos teus ouvidos…
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos…
Das noites que vivi acalentando
Pela graça indizível
dos teus passos eternamente fugindo…
Trago a doçura
dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer
que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas
nem a fascinação das promessas.
Nem as misteriosas palavras
dos véus da alma...
É um sossego, uma unção,
um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta,
muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite
encontrem sem fatalidade
o olhar estático da aurora.
Vinícius de Moraes
O medo do amor
O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba. Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha, o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá, vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável. Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor pra cada canto. Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre traumático. Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma, romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade, é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si próprio, ainda que com menos gravidade.
Martha Medeiros
Amor Insano
Poema para Iludir a Vida
Tudo na vida está em esquecer o dia que passa.Não importa que hoje seja qualquer coisa triste, um cedro, areias, raízes, ou asa de anjo caída num paul.
O navio que passou além da barra já não lembra a barra.
Tu o olhas nas estranhas águas que ele há-de sulcar e nas estranhas gentes que o esperam em estranhos portos.
Hoje corre-te um rio dos olhos e dos olhos arrancas limos e morcegos.
Ah, mas a tua vitória está em saber que não é hoje o fim
e que há certezas, firmes e belas, que nem os olhos vesgos podem negar.
Hoje é o dia de amanhã.
Fernando Namora, in "Mar de Sargaços"
A Morte
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